segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Primeiro nos roubam uma flor...

   A floresta Amazônica é um ecossistema que concentra uma biodiversidade única de espécies tanto da fauna quanto da flora. Toda essa riqueza natural, associada à grande disponibilidade de água, já despertou o interesse de nações estrangeiras que almejam, a todo custo, internacionalizar esse território brasileiro. Tal fato é peremptoriamente inaceitável e configura uma ameaça à soberania nacional.
   Muitos países desenvolvidos que já usaram boa parte dos próprios recursos naturais tentam realizar uma internacionalização de maneira lenta e gradativa. Ela ocorre com a aquisição de terras por estrangeiros, com a instalação de indústrias farmacêuticas e com a abertura ao mercado externo. Esses setores aproveitam essa brecha constitucional visando ao próprio enriquecimento. Há, por exemplo, remédios patenteados a partir de substâncias encontradas em plantas nativas da Amazônia e o Brasil não ganhou um centavo sequer por isso.
   Outro fator considerado pelas nações estrangeiras para apoiar a tese de que a Amazônia é um patrimônio da humanidade é a riqueza em água. Tal composto é motivo de briga em muitos países. Garantir o consumo das próximas gerações seria, pois, justificável. Só que isso faria, provavelmente, com que a própria população brasileira ficasse sem água. E esse sim é mais um argumento para evitar que um absurdo dessa magnitude se concretize. 
   Primeiro nos roubam uma flor e não dizemos nada. Depois nos roubarão um território e uma biodiversidade sem igual e não diremos nada? É fundamental tomar medidas, tais como a intensificação da fiscalização, para evitar que essa riqueza seja colocada nas mãos estrangeiras assim como ocorreu no período colonial.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Praga constitucional

   Sem dúvida, a ambição dos homens é conflituosa quando o assunto é a preservação do meio ambiente. Devido a esse desejo irrefreável de acumular riqueza, muitas florestas deram lugar a selvas de pedra. E uma das consequências mais visíveis disso é o Novo Código Florestal Brasileiro, que configura um dos maiores retrocessos já vistos no que tange a cuidar da natureza.
   Os defensores dessa praga constitucional afirmam que diminuir para 50%- antigamente, 80%- a área de cultivo aumentará a produtividade, seja ela no cultivo de alimentos ou na criação de animais. Embora esse argumento seja seja lógico, ele é pífio se considerarmos as inovações no campo agropecuário. Graças ao maciço investimento em pesquisas, houve um crescimento substancial na produtividade. Esse sim foi um fator determinante na queda do preço dos alimentos e não o aumento de terras cultiváveis, como garante a senadora Kátia Abreu - presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
   Outro fato lamentável de se constatar é a anistia dos desmatadores. Ora, se desmatando ilegalmente eles já foram perdoados, imagine o que farão dentro da legalidade? Árvores em um futuro não muito distante só poderão ser vistas em livros de botãnica. Isso soa como música para os grandes latifundiários que, de agora em diante, continuarão a exercer mais influência.
   Aliás, esses poderão negociar diretamente com as Prefeituras e com os Estados ao invés de negociar com o governo federal. Não é preciso raciocinar muito para inferir que os Estados que apresentarem uma regra mais flexível irão se beneficiar mais em relação aos outros.
   Enfim, o retrocesso na questão ambiental é lastimável. Em vez de pensarem no desenvolvimento sustentável, muitos produtores preferem um lucro imediato. E assim observamos a expansão do "ecossistema" da selva de pedra e das florestas de soja e de outras monoculturas no Brasil.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Solução alternativa

   Já é mais do que evidente na sociedade o fato de que os governos estão sem condições de promoverem mudanças significativas no que tange ao bem-estar social. Tal afirmação se alicerça no número absurdo de desvios de verbas que, de tão comuns, aparentam ser crônicos. Nesse contexto, o Terceiro Setor- as organizações não-governamentais mais conhecidas como ONGs- tem um papel substancial para promover melhorias na vida do cidadão.
   Essas entidades, apesar de fazerem parte do setor privado, não visam ao lucro. Ou seja, elas não apresentam um desejo inesgotável de acumular riquezas. Ora, se não há ganância e uma "ética" de mercado, então é possível inferir que a principal meta será ajudar as pessoas que não são assistidas pelo Estado de bem-estar social.
   Outro aspecto interessante a ser ressaltado por esse Setor é que ele estimula a participação comunitária. Isso gera nos indivíduos uma noção maior de coletividade, o que contribui para que esses ajam de maneira ativa na resolução de problemas na sociedade.
   A adesão ao Terceiro Setor é fundamental para consolidar a democracia. Assim, cada cidadão terá consciência dos próprios direitos e deveres e poderá ajudar a resolver de forma alternativa estigmas sociais que tanto flagelam os indivíduos da sociedade.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Compro, logo existo

Consumo. Essa palavra aparentemente simples é um dos pilares que alicerça o capitalismo. É o consumo que faz com que muitas empresas prosperem enquanto outras decretam falência. Descartes formulou a célebre frase "Penso, logo existo" ao questionar a própria existência. Hoje em dia, com uma frase semelhante, podemos afirmar : "Compro, logo existo".
Para comprovar esse pensamento, pode-se recorrer a um fato muito simples: quem vive em condição miserável não existe para as empresas. Esses indivíduos não são interessantes do ponto de vista econômico, pois em nada podem contribuir para movimentar as engrenagens dos motores da economia. Ora, se não há gastos, as empresas não têm lucro, tampouco inovação e desenvolvimento.
Será isso que faz com que o governo invista em programas sociais como o Bolsa Família? Não. Esse programa apenas cumpre um papel de tapar buracos. O problema em si não é resolvido. A economia ficaria mais aquecida se esses "fantasmas" se materializassem, ou seja, com a criação de empregos cujos salários sejam dignos para sustentar uma família. Assim, essas pessoas apresentariam um poder aquisitivo maior e, consequentemente, haveria um aquecimento da economia.
Outro aspecto interessante a ser analisado é o quão real você pode ser aos olhos do capitalismo, porque existem também seres translúcidos e outros extremamente materializados. Como? Há uma classificação nas entrelinhas e o principal fator que a embasa é o poder aquisitivo. Como já foi mencionado, os mais pobres não fantasmas que contribuem muito pouco. Já os de classe média são translúcidos, podem contribuir mais. E enfim há os mais abastados que consomem muito mais. São os seres materializados de fato. Esses sim usufruem de luxos e podem sustentar todo um sistema cruel que impede, muitas vezes, a ascensão social de classes inferiores.
Após essas reflexões, pode-se concluir que só existem no sistema capitalista os indivíduos que podem contribuir de maneira significativa com os motores da economia. Só assim os empresários podem nadar no mar de doláres ou, melhor ainda para eles, no de euros. Quem não tem condições de lubrificar esse motor com óleo(aqui, o dinheiro) fica à margem da sociedade e com pouquíssimas chances de ascender socialmente. E assim permanessem essas almas penadas que os capitalistas fazem de tudo para esconder.

sábado, 4 de setembro de 2010

Contratempos e roteiro de novela

Devido a um número grande de afazeres, acabei deixando de lado o blog. Vim aqui tirar algumas teias de aranha. Mas não pensem que eu chutei o balde. Tenho várias ideias na cabeça já. Os próximos assuntos estão relacionados ao ato de comprar e à utilização de animais em testes clínicos de medicamentos. Por enquanto, deliciem-se com um capítulo feito no Mundo Perfeito(sim, Nina, funciona para não escrever textos ou comentários pouco humorados...ainda bem!Aliás, já aproveito para dizer que, apesar de aquela ser realmente a minha opinião, eu reconheço que o tom foi agressivo e desproporcional à situação. Alguns acontecimentos dão um certo fundamento ao ocorrido, mas prefiro não propagar essa discussão.).
Por enquanto, fiquem com o texto gerado pelo site Mundo Perfeito(www.mundoperfeito.com.br/)


Helena, a desavisada - Cena 35000

Garota de Ipanema como trilha incidental. Helena e Osmar estão andando de mãos dadas na calçada. Câmera desfoca no Pão de Açucar que aparece ao fundo, mas ainda é possível identificar o local. Os dois resolvem se sentar num banco pichado pelo Comando Vermelho.

Osmar:

- Você viu o que os noticiários andam inventando? Tráfico, Assassinato e Desigualdade. Quem eles acham que enganam?.

Helena:

- Ah, eu é que não caio nessa. Atualmente eu só acredito em Um botox

Osmar:

- De fato. E se possível em Milão, bebendo Bloody Mary... Hahaha!

Helena:

- Como diria Clotilde: O drink deve estar à temperatura ideal, senão o gosto é alterado e você começa a passar mal.! Aliás, você soube que ela casou com o Fernandinho Beira Mar?

Osmar:

- E quem não soube? Mulher de sorte está aí. Agora tem até segurança com uma pistola na porta de casa!

Helena:

A gente podia marcar de ir amanhã para um restaurante com eles... O que você acha?
Osmar:

Por mim tudo bem, porque eu já sou rico. Mas você não tem trabalho?
Helena:

E você acha que eu me preocupo com uma agência de modelos? Pega o celular e liga para eles...

Osmar tira o celular do bolso. Câmera agora foca no Pão de Açucar. Sobe Garota de Ipanema.