Olá, nobres leitores ! Deveria dizer leitoras, até porque aqui elas são a maioria que dedicam parte do precioso tempo livre que apresentam em suas rotinas cotidianas muitas vezes caótica. Mas o que posso dizer...A gramática é machista. Estão vendo o título acima? Ele é a síntese de como me sinto nesse momento. Cometi um erro que diluiu meu futuro. E COMO !
Já sei, vocês não são o meu "Muro das lamentações" particular. Por isso, escrevi uma pequena narrativa. Na verdade, essa é uma proposta de redação da Unicamp 2010. Fala sobre a convivência da geração mais jovem com os mais velhos. Divirtam-se ! E já alerto: esse não é um texto autobiográfico.
Vida, uma eterna (des)construção
Sou um jovem comum. Tenho 21 anos e, atualmente, curso engenharia civil. Chegar a esse estágio não foi brincadeira. Foram três- sim, isso mesmo! - anos de curso pré-vestibular. Pouca balada, poucos encontros com os amigos, enfim...Anos de sacrifício.
Quando finalmente conquistei a minha vaga na universidade, mudei de endereço. Passei a morar com os meus avós. Pensei que não fosse enfrentar dificuldades, pois sempre adorei visitá-los. Quanta ingenuidade !
Já nos primeiros dias, tive que conferir se eles realmente estavam tomando todos os remédios no horário certo. Que trabalho ! Os dois fogem de comprimidos tal como a presa foge do predador. E ensiná-los a mexer no computador? Nossa...Eles não se lembravam de nada que eu explicava. E a tudo isso se somava as broncas que eu recebia toda vez que eu voltava tarde de uma festa.
O lado bom de todo esse convívio é, sem dúvida, a troca de experiências. Os dois eram formados em em engenharia civil e, apesar da idade, a memória deles me causava espanto. Imagine você que eles respondiam às minhas dúvidas sobre resistência dos materiais ! E a isso se integrava um carinho e um respeito inigualáveis.
Embora os conflitos entre as nossas gerações sejam de difícil solução, o amor de avós e de netos prevalece. Na engenharia civil, construirei e demolirei prédios e casas. Na vida, tanto eu como os meus avós viveremos em constante transformação, construindo e desconstruindo saberes. E assim continuamos evoluindo. Fazemos jus à música de Raul Seixas: "...Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante/ do que ter aquela opinião formada sobre tudo...".
Um comentário:
Eu queria saber o que houve...
você está bem?
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